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Eu me chamo Antônio

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Imagino que todos conheçam ou já ouviram falar da página Eu me chamo Antônio, página que nasceu em outubro de 2012 que, com seus guardanapos escritos em bares cariocas e cheios de poesia, conquistou leitores de todas as partes do Brasil.

Composto por guardanapos selecionados por Pedro Gabriel , Eu me chamo Antônio traz à tona as histórias vividas por seu alter ego em noites regadas a chope, desde a cuidadosa aproximação da pessoa desejada, o encantamento e a paixão, até o sofrimento provocado pela ausência e a dor da perda. Mas, como uma noite é sempre diferente da próxima, Antônio ri de si mesmo e sempre parte para outra.
"Estou passando por uma frase difícil."
Venho acompanhando Antônio desde o começo, no final de 2012 tive a oportunidade de encontrar o seu tumblr e, logo quando consegui entender sua letra, me encantei com suas frases e sua capacidade de brincar com as palavras. Por ter nascido em N'Djamena, cidade da África, e aos doze anos ter mudado para o Brasil sem entender ou formular uma frase correta em português, Pedro Gabriel passou a prestar mais atenção nas palavras, a brincar com elas e isso explica essa capacidade de usar as palavras de forma tão inteligente.

Além da brincadeira com palavras, Pedro Gabriel também chama atenção ao usar guardanapos de papel como sua tela em branco, dando uma nova utilidade para aqueles guardanapos que usamos e logo descartamos, algo simples e uma forma muito bonita de reciclagem. Com suas palavras bonitas, seus guardanapos e uma letra que eu adoro, Pedro Gabriel criou frases regadas de sentimentos que muitas vezes ajudaram tantas pessoas, eu inclusive, a entenderem melhor seus sentimentos e vê-los de uma forma diferente, de uma forma mais bonita.

Eu me chamo Antônio se tornou o meu pequeno livro de auto-ajuda, Antônio se tornou um grande amigo desde a época do tumblr e agora ter um livro com seus melhores guardanapos é o máximo, pois poderei leva-lo para onde quer que eu for e ler sempre que eu precisar de palavras consoladoras. Não importa o que eu esteja sentindo, sei que se eu abrir o livro encontrarei algo com que me identificarei, me encontrarei no meio das palavras.
"Tirei a roupa do dia e a noite ficou toda Lua."

Mesmo não sendo muito "fã" da editora e nem ter lido muitos títulos publicados por ela, acredito que devo parabenizar a todos os envolvidos na edição de Eu me chamo Antônio porque ele se tornou um dos livros mais bonitos da minha estante. Suas cores, imagens, o sumário com as "traduções" dos guardanapos e o guardanapo em branco no fim do livro o tornaram diferente de todos os outros livros que li e isso ganhou me coração.
Se fosse pra mudar algo nessa edição, seria apenas a lombada do livro que está solta, no começo pensei que fosse só comigo mas depois percebi que várias pessoas tiveram o mesmo problema, não sei porque isso aconteceu, mas foi só um detalhe que foi resolvido com cola branca. Outra coisa ruim também foi o número de páginas, um livro lindo com um conteúdo maravilhoso deveria vir com mais páginas ou deveria existir um segundo livro com mais guardanapos lindos, ficaria muito grata se isso acontecesse, sério.

O livro é lindo de todas as maneira possíveis, mas lindo mesmo dá até uma vontade de abraçar ele e não largar mais. Ele não é feito apenas de guardanapos, mas coisas relacionadas a eles o que me permitiu desfrutar de várias sensações, como a liberdade ao ver pássaros num céu azul, o livro é repleto de sensações boas que dão ao leitor a sensação de estar nele, de fazer parte dele.
"Eu não sou amargo é que, às vezes, a vida rouba nossa doçura."

Acho que é normal desejar mais de algo que te faz bem, então é normal eu querer mais desse livro lindo, já perdi a conta de quantas vezes o reli e sei que relerei ainda muitas outras vezes, ele é maravilhoso e encantador de todas as formas possíveis. Antônio é um amigo e tanto e acredito que vocês deveriam dar uma chance para ele e conhecer seus amores, se não for através desse livro lindo, que seja em sua página do facebook, tumblr ou instagram. Garanto que não se arrependerão.


Autor: Pedro Gabriel
Número de páginas: 192
Editora: Intrínseca 

•Sobre o Autor:


Nascido na capital da República do Chade, país localizado na região centro-norte da África, Pedro Antônio Gabriel Anhorn é filho de uma professora de História brasileira e de um suíço que tinha a ajuda humanitária como ofício. Educado em francês, chegou ao Brasil aos 12 anos de idade — e até os 13 anos não formulava uma frase correta em português. A partir da dificuldade na adaptação ao idioma, que lhe exigiu muita observação tanto dos sons quanto da grafia das palavras, Pedro desenvolveu talento e sensibilidade raros para brincar com as letras. (Fonte)

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