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Sociedade da Caveira de Cristal

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Vitor é um garoto nerd de 13 anos que passa boa parte de seu tempo pensando em Samara, sua amiga e amor platônico e jogando no computador. Ele vive com seus pais e recentemente perdeu seu avô, que foi vítima de uma epidemia causada pelo vírus Bola.

Após Mateus, o irmão de Samara, ter passado 13 dias desaparecido, Vitor entra no Skull a pedido da amiga que acredita que o jogo tem algo relacionado com o desaparecimento do irmão. O Skull é um jogo online e, como Vitor descobre mais tarde, muito viciante que conecta seus jogadores através de seus sonhos. Para muitos, o jogo é considerado um vírus.

Por falar em vírus, a cidade de Vitor está sofrendo uma epidemia do vírus Bola, que já fez várias vítimas além do avô do garoto. Vitor terá que lidar com o Bola, com Samara e, principalmente, com o Skull que fica mais viciante a cada partida.
Amo esse desenho. ♥
Vamos falar de algo super viciante, mais viciante que o Skull foi para Vítor e Matheus, Sociedade da Caveira de Cristal é um desses livros que proporcionam ao leitor uma leitura rápida, divertida e viciante.

Vitor tem 13 anos - idade adulta não reconhecida - e vive com seus pais numa cidade que sofre com a epidemia do vírus Bola que já fez várias vítimas, incluindo seu avô. Mesmo tendo medo do vírus, ele tenta pensar em outras coisas, fazer coisas que o ajudem a esquecer a ameaça do Bola. Fica muito tempo no computador, na maioria das vezes, jogando online.

Foi apresentado ao Skull por Samara, sua amiga e paixão platônica, que liga o jogo ao desaparecimento do irmão. Vítor começa a jogar simplesmente para ficar mais próximo de Samara, mas depois da terceira fase o jogo se tornou um vício. O Skull conecta os jogadores através de seus sonhos, de uma forma bem simples: é só fazer login, deixar computador e internet ligados, dizer uma frase mágica e dormir, automaticamente seus sonhos estarão conectados com os de outros jogadores e só então se inicia o verdadeiro jogo.

Além de se preocupar com o jogo, Vitor terá que lidar com Samara que acredita que o Skull seja muito mais que apenas um jogo de rede e também com o Bola que cada vez mais faz novas vítimas.

Gente, vocês não sabem o quanto eu amei esse livro, ele é todo ótimo. Rendeu várias gargalhadas, o Vítor é um narrador e tanto, bastante sarcástico e super divertido. Até mesmo quando o assunto é a Samara ele consegue ser divertido, mesmo querendo falar sério quando diz que ela tem mal gosto por não escolher ficar com ele, nerds não fazem o tipo da garota.

A relação de ambos é muito engraçada. Samara nem liga pro Vítor enquanto ele tem por ela uma paixão platônica, ela é o tipo de garota bonita que finge não saber disso e ele é um nerd magricela e espinhento. Eles são amigos, ou quase isso, ela é toda séria e ele fica insinuando que ela é apaixonada por ele. Eu ri muito desse "quase casal".
"Samara é muito parecida com o irmão, não dá pra saber o que virá. Tentei colar a imagem daquele rosto lindo no corpo de um lagartixa suada, ter asco ia me ajudar a esquecer essa ingrata."
Depois de conhecer o Skull, Vitor até esquece da Samara ou do Bola, ele ficou viciado de um modo que não pode ouvir sobre a desconfiança de Samara quanto ao jogo sem ficar irritado por ela acreditar que um jogo de internet, inofensivo pode fazer mal a alguém. E fica mais irritado ainda quando seu amigo Jorjão também desconfia que o jogo tem mais influência no mundo real do que ele pensa.

Um dos meus personagens favoritos é o Jorjão, ele não aparece tanto mas desde que ele foi citado pela primeira vez, criei uma certa afeição por ele. Ao contrário dos jovens da cidade, as mães não gostam dele, acham que ele não é uma boa influência para seus filhos. Na verdade, o Jorjão é super inteligente, dono de uma lan house e muito aventureiro. Graças a ele, Vitor e Samara encontraram a verdade.

O livro é dividido em 4 partes e cada uma delas vem com uma ilustração referente aos acontecimentos dela, eu adorei cada desenho, não entendo nada sobre desenhos mas gostei muito do traço usado, daria até pra imaginar que foram desenhados por Vitor, mas infelizmente ele estava ocupado demais no computador pra aprender a desenhar.

Os capítulos são bem curtos e isso, na minha opinião, deixa a leitura mais rápida, eu que tenho mania de parar de ler só quando terminar um capítulo, não gosto quando o capítulo é muito grande e demora acabar. A autora soube muito bem se expressar como um garoto de 13 anos,  a linguagem foi bem informal e de fácil compreensão para o leitor, principalmente se ele for uma pessoa de 13 anos.

Não consegui sossegar até que Vitor descobrisse a verdade, o livro é todo misterioso e cheio de surpresas. O mundo real e o virtual estão totalmente ligados e cabe a Vitor descobrir o que é certo e o que é errado. Recomendo que todos leiam esse livro e se juntem a Vitor nessa viciante aventura no mundo virtual que pode ter muitas consequências no mundo real.


Autora: Andréa Del Fuego
Número de Páginas: 183
Editora: Scipione

•Sobre a autora:



Nasceu em São Paulo, em 1975. Escritora e jornalista, publicou os volumes de contos Minto enquanto posso (O Nome da Rosa, 2004), Engano seu (O Nome da Rosa, 2007) e Nego fogo (D
ulcinéia Catadora, 2009), além de diversos livros juvenis e infantis. Seu primeiro romance, Os malaquias (Língua Geral, 2010), foi ganhador do Prêmio Saramago de literatura. (Fonte)

4 comentários:

  1. Caramba, Tati, essa resenha ficou ótima, escreves muito bem. O livro é bem adolescente né? Mas pareceu ser legal, fiquei curiosa para descobrir o que acontece durante o jogo! Legal que a autora é brasileira, ultimamente os nossos brazucas estão se saindo muito bem na literatura, né?
    Beijos, Lu!
    http://gimmeflowers.blogspot.com.br/

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    1. Fico feliz que tenha gostado do post Lu. Sim, o livro é bem adolescente, mas é ótimo. Menina, eu que estava só acompanhando o Vítor fiquei viciada no Skull, dá pra acreditar? Nossos autores estão representando muito bem a literatura nacional, sem dúvidas.

      Obrigada pela visita, querida. ♥

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  2. Nossa adorei suas impressões da história, parece muito divertido :) e eu gosto de livros pré-adolescentes. Hoje e dia tem o tal do YA mas esse livroque tu resenhou é bem a cara dos livros infanto-juvenis que tanto já li ^^

    Abraços,
    Tamara Costa
    http://www.doseliteraria.com.br/

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    Respostas
    1. Ele é super divertido, a narrativa do Victor rendeu várias risadas. O livro é ótimo, ele é bem infanto-juvenil, recomendo muito se você gosta desse gênero literário. *-*

      Muito obrigada pela visita. ♥

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