Os 39 degraus

Richard Hannay é um milionário escocês que viaja para Londres, onde espera levar uma vida movimentada, mas ao chegar, se depara com um grande tédio a sua espera. Seu desejo de levar uma vida com mais ação em Londres foi realizado pelo misterioso vizinho que revela que haverá uma tentativa de assassinato contra um importante membro do governo e que, se isso acontecer, a Europa entrará em uma guerra sem precedentes.

Um homem é encontrado morto em sua sala de visitas e Hannay se vê com problemas não só com a polícia, mas com uma organização alemã que fará de tudo para que o atentado contra o governante dê certo e isso inclui eliminar todos os que sabem a respeito dele.

Richard terá que lutar para salvar sua vida e provar sua inocência, fará de tudo para impedir um assassinato eminente e terá que ser cuidadoso, pois o inimigo está cada vez mais perto e está pronto para capturá-lo.

Alguém já entendeu porque o livro chamou minha atenção na biblioteca? Ganhou um prêmio quem pensou nas folhas pretas, coloquei na minha cabeça que a maioria dos livro com essas folhas coloridas são emocionantes romances policiais e estava certa quando pensei assim de Os 39 degraus.

A entediante vida que Richard Hannay vive em Londres é abalada quando Scudder, seu vizinho, conta-lhe os planos de uma organização alemã que pretende assassinar um importante membro do governo, causando assim uma grande guerra em toda a Europa. Ele não reconhece os poderosos inimigos que está enfrentando até que uma perigosa caçada se inicia e ele é o alvo.

Primeiramente, um fato interessante sobre esse livro: Ele foi adaptado para as telinhas por Alfred Hitchcock. Sabem aquela frase que diz "Nunca julgue um livro por seu filme"? Ela está certa, mas se formos julgar Os 39 degraus pelo diretor de sua adaptação, já é possível ter uma ideia de como o livro é um suspense emocionante.

No começo achei que o livro seria fraquinho, mas depois do primeiro capitulo fiquei ansiosa pela conclusão da história, as surpresas têm inicio no primeiro capitulo e não acabam. A cada página, uma nova descoberta é feita e uma nova dificuldade é encontrada na jornada de Hannay.

Richard Hannay é um ótimo personagem por ser uma pessoa normal, um cara que nunca passou por uma situação em que seria necessário deixar o conforto de seu apartamento na cidade para viver uma perseguição no campo, muitas vezes passando fome e não tendo onde se abrigar. Ele não estava preparado para tudo o que estava por vir e mesmo assim foi genial. A sorte o ajudou muito em sua jornada, sempre surgiam pessoas que o ajudavam, mas sem a sua habilidade toda a ajuda seria em vão. Sua habilidade de se esconder, seu pensamento rápido e seu ótimo trabalho de ator também contribuíram com ele.

A narrativa é feita pelo próprio Richard e descreve bem como é para um milionário que de uma hora pra outra virou um fugitivo que luta pela própria vida. Sua narrativa é bem informal e, para um livro de suspense, até um pouco engraçada, pois Richard é bastante irônico, o que deixou o livro mais gostoso para ler. Gosto de livros em primeira pessoa, pois um personagem narrando seus sentimentos torna a leitura mais intensa e foi o que aconteceu com a narrativa do Hannay.

John Buchan é o cara, ele deve ter dado algumas aulas pro Harlan Coben, porque não consegui deixar de pensar no livro e não sosseguei até concluir a leitura, fiquei noites em claro, fui dormir pensando no livro e em uma solução pra tudo o que estava acontecendo e, como todo bom livro, tive uma grande surpresa, pra falar a verdade, uma surpresa a cada capitulo.

Eu seria uma louca se não recomendasse esse livro pra toda pessoa que conheço, ele é incrível em todos os elementos. Ele é completo, com personagens ótimos e uma trama de tirar o fôlego. Recomendo a todos que embarquem com Richard Hannay numa perigosa e emocionante jornada em que cada passo pode custar sua vida e iniciar uma guerra entre toda a Europa.

Autor: John Bruchan

Número de Páginas: 150

Editora: Tordesilhas