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Razão e Sensibilidade

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Após a morte de Henry Dashwood, sua esposa e filhas - a sensata Elinor, a romântica Marianne e a jovem Margaret - se veem empobrecidas e, por causa disso, obrigadas à trocar o conforto de sua mansão por um pequeno e humilde chalé em Barton Park.

Enquanto Elinor é controlada e cautelosa, Marianne é totalmente sensível e demonstra abertamente seus sentimentos, recusando-se a adotar a conduta hipócrita que é esperada dela e que muitos veem como uma boa educação. Apesar de sua prudência, Elinor se torna cada vê cada vez mais apegada a um homem insensível e Marianne, por sua vez, percebe que apenas o seu temperamento afetuoso não será suficiente para garantir a felicidade.

As irmãs enfrentam grandes desafios até encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção, pois só assim conquistarão o verdadeiro amor.
Esse foi o primeiro livro que leio de Jane Austen e eu não pensei que gostaria tanto dele como gostei quando terminei a leitura.

Após a morte do marido, a Sra. Dashwood e suas filhas se mudam para um pequeno chalé na cidade de Barton Park. Elinor é a filha mais velha e também a mais racional, que não permite que a emoção fale mais alto que a razão, sendo a mais pudente e cautelosa da família. Já Marianne é o oposto de Elinor em todos os sentidos, é totalmente sentimental e raramente toma uma decisão usando a razão, ela não esconde seus sentimentos e diz sempre o que pensa, não importa as consequências de suas palavras.

Ao ter o coração partido pelo homem que jurava ser o amor de sua vida, Marianne terá que deixar os sentimentos de lado para esquecê-lo e Elinor, ao amar um homem que parece não corresponder seus sentimentos, verá que toda sua razão não sera suficiente para impedir que esse sentimento cresça. É através de corações partidos que as irmãs conseguem encontrar o equilíbrio entre razão e sensibilidade.

No começo foi um pouco difícil me concentrar na leitura pois quando a família Dashwood se mudou para Barton Park quase nada acontecia, só alguns bailes porém nada tão emocionante. Mesmo assim os bailes do inicio foram muito úteis para conhecer os outros personagens e também conhecer mais Barton Park, um cenário que achei muito lindo, com uma paisagem merecedora de um quadro.

Apesar do livro ter sido escrito em 1811, a linguagem usada nele é simples e não contém palavras que compliquem a leitura, ou pelo menos eu não estranhei nenhuma. A leitura foi bem rápida depois que as coisas começaram a acontecer na vida das garotas Dashwood e a forma simples de escrita contribuiu bastante na hora de ler.

O livro é emocionante por reunir duas personalidades diferentes que estão passando por situações tão semelhantes, é muito interessante ver como cada uma reage a essa situação, a forma como cada uma resolveu enfrentar a situação.

Marianne, como toda pessoa hiper-sensível, não sabe amar pela metade então entregou completamente seu coração para uma pessoa que o partiu e, como todos os sensíveis demais, a garota chorou, fez greve de silêncio, de fome, ficou doente e nada adiantou, nada fez com que ela se esquecesse ou superasse a dor da perda. Ela precisará ouvir a voz da razão para descobrir o que é melhor para ela.

Elinor, que não gosta de ser influenciada pelo que sente, usa toda a sua racionalidade para combater a situação e se manter firme, sem se deixar levar pelas emoções que fizeram tão mal à irmã. Mesmo se esforçando, ela não consegue manter a postura de mulher controlada e que controla seus sentimentos, o coração, dessa vez, falou mais alto.

Se me perguntarem qual minha personagem favorita, não saberei dizer, ambas são ótimas. Elinor engole sua dor para ajudar a irmã a superar sua dor e Marianne, apesar de ser um pouco egoísta, esquece de si mesma quando descobre os sentimentos da irmã. A relação das duas é algo muito bonito, uma sempre se sacrificando pela outra, sempre lado a lado.

O Sr. Dashwood teve três filhas e a mais nova, Margaret não está tão presente no livro como eu gostaria, ela é uma menininha muito interessante e, às vezes, fala mais do que deve. Creio que Margaret é uma mistura das duas irmãs mais velhas mais o seu toque especial, um jeitinho engraçado que ela tem. Ficarei algum tempo imaginando uma história pra ela.

O livro é muito bom, pude perceber que a autora escreve muito bem e cativa o leitor com seus personagens, mesmo não achando que o livro seja "Tudo aquilo" que as pessoas dizem - minha irmã disse que era viciante - eu recomendo, principalmente se você, como eu, está querendo ler mais clássicos esse ano. Se tiverem a oportunidade, leiam, é um ótimo livro.

Razão e Sensibilidade, um livro ótimo com personalidades tão opostas e
marcantes vivendo uma história que ensinará o quanto o equilíbrio é essencial.


Autora: Jane Austen
Número de Páginas: 399
Editora: BestBolso

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