
Fernando finalmente tem a oportunidade de conhecer a cidade em que seu pai nasceu, sua avó e, principalmente, o próprio pai numa viagem que estreitará ainda mais os laços afetivos entre pai e filho.

A edição é simples mas muito bem trabalhada, a fonte tem um ótimo tamanho e os desenhos são tudo, eu passei a gostar do livro apenas pelas ilustrações e suas cores.

O Fernando é um ótimo narrador e, apesar da pouca idade (12 anos), ele é um menino muito maduro. Sua narrativa é fiel a seus pensamentos e opiniões, seus sentimentos são bem expressos de uma forma compreensível ao público alvo do livro, o público infantil/infanto-juvenil. Foi uma ótima escolha do autor criar um narrador com (quase) a mesma idade dos seus leitores.
Li Rios Sedentos em menos de uma hora, são poucas páginas e a história é envolvente. Eu me emocionei com as lembranças que o pai de Fernando tinha do lugar onde nasceu e em saber que tudo aquilo só ficaria em sua memória, que seria tudo destruído pela barragem.
Minha mãe — Beijo mãe, sua linda! ♥ — diz que "Alguns males veem pro bem", fiquei pensando nessa frase quando terminei de ler, pois foi graças à destruição da cidade de seu pai que Fernando passou a conhecê-lo melhor, é meio estranho pensar dessa forma mas faz sentido.
Amei demais esse livro, ele é tão simples mas tão maravilhoso. Rios Sedentos é completo, tem uma boa história e uma grande capacidade de emocionar e nos fazer refletir. Recomendo para todos, não importa se é criança ou adulto, o livro é cativante e todos deveriam conhecê-lo e acompanhar Fernando em suas descobertas.
Autor: Roniwalter Jatobá
Número de Páginas: 64
Editora: Nova Alexandria
• Sobre o Autor:
Roniwalter Jatobá nasceu em 22 de julho de 1949 em Campanário, Minas Gerais. Aos dez anos foi morar em Campo Formoso, Bahia, onde concluiu, em 1964, o curso ginasial. Em 1970, veio para São Paulo. Entrou para a Editora Abril no final de 1973, na área gráfica, e cinco anos depois, formou-se em jornalismo. Foi redator das publicações infanto-juvenis desta editora e da Rio Gráfica (hoje Globo) e colaborou em Versus, Folha de S. Paulo, Movimento, Escrita, Ficção e outros. No final dos anos 70 viveu sete meses na Europa, num exílio voluntário. De volta ao Brasil foi redator do Nosso século, editor de textos de Movimento e Retrato do Brasil (fascículos), editor executivo de Saúde, Boa Forma e de publicações especiais da revista Corpo a Corpo; criou e dirigiu ainda a revista Memória e editou livros históricos na Eletropaulo. (Fonte)
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