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A Moreninha

sexta-feira, 26 de julho de 2013
Quatro estudantes de medicina. Augusto, Filipe, Leopoldo e Fabrício, vão passar o fim de semana em uma ilha, na casa de D. Ana, avó de Filipe.

Augusto é conhecido pelos amigos como o namorador e o próprio afirma que é incapaz de amar uma mulher por mais de três dias. Sabendo da fama do amigo, Filipe lhe propõe um desafio: se a partir daquele fim de semana Augusto se envolver sentimentalmente com apenas uma mulher por um período de 15 dias, deverá escrever um livro contando a história de seu primeiro amor duradouro.

Sabendo que é incorrigível, Augusto aceita o desafio garantindo que não correrá riscos de se apaixonar por qualquer mulher num único fim de semana. Ele não alimenta tanta certeza após conhecer Carolina, a jovem de 15 anos irmã de Filipe, conhecida também como Moreninha.
Confesso que não escolhi esse livro pela capa, porque não gostei dela, escolhi mesmo porque achei a lombada linda, amo essa combinação de preto e vermelho. Não achei legal a cor azul com o vermelho, tenho mania de querer combinar as cores e essas não ficaram tão legais.

Tirando a cor da capa e as marcas da idade, considerem que essa edição é de 1997, o livro está em ótimo estado, as folhas também sofreram um pouco com o tempo, ficaram um pouquinho amarelas, mas nada pior que isso, elas continuam firmes no livro.

Como ele foi lançado em 1844, existem algumas palavras e referências à pessoas famosas da época que não conhecemos, então, no fim do livro tem as notas que facilitaram bastante, até porque não tem muitas notas, então não precisei ficar indo para o fim do livro toda hora e acabar perdendo o foco da narrativa.

Também no fim do livro, tem a seção É Help! - Para Entender A Moreninha, que é um espaço destinado aos estudantes, que traz dados sobre o autor e um estudo detalhado sobre a obra, e eu achei isso muito interessante, sem dúvidas.
O bibliotecário da minha escola (Oi Orlando!) sempre falava pra que eu emprestasse esse livro, mas eu sempre adiava, porque achava o titulo muito bobinho, confesso que ainda acho, mas agora que li, posso dizer que não existe título melhor pro livro senão que esse. Depois de muito adiar, eu o trouxe para casa pro Literatura Nacional e não estava muito animada pra ler, ele foi o ultimo, do que emprestei da biblioteca, que li. Não preciso dizer o quanto me arrependo de ter feito isso.

Eu terminei de lê-lo ontem e, mesmo tendo muitas resenhas ainda pra postar, senti uma necessidade enorme de resenhá-lo. O livro é incrível, do começo ao fim.

Mesmo sendo bastante previsível, o livro consegue surpreender e se não prestar atenção em um mínimo detalhe, é possível que você se perca bastante no decorrer da história, o autor pensou em tudo e colocou cada peça em seu lugar pra se encaixar perfeitamente na história.

O que chamou muito a minha atenção no livro, foi a forma como o autor descreve o amor. Imagine uma coisa terrível e assim terá a definição de amor ao ponto de vista de Joaquim Manuel de Macedo e talvez seja essa visão obscura do amor que deixa o livro mais interessante, pois ele é mesmo um sentimento proibido para Augusto.
 "O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo do coração da gente, donde, se não é com jeito destravado, por mais força que se faça mais o maldito rasga, esburaca e se aprofunda." 
A Moreninha é completo. Com personalidades marcantes, uma linguagem de fácil entendimento e aborda um tema muito conhecido por todos: a forma como o amor pode mudar a vida de uma pessoa e até o seu modo de pensar sobre esse sentimento.

O livro é maravilhoso e vai te prender de um modo que quando você perceber já terá terminado. Não estarei exagerando quando disser que A Moreninha foi um dos melhores livros que li nas férias.

Autor: Joaquim Manoel de Macedo
Número de Páginas: 164
Editora: Klick Editora

  • Sobre o Autor:



Além de escritor, atuou como jornalista, professor e político. De família abastada, Macedo pôde, desde cedo, aprofundar-se nos estudos. No mesmo ano em que lançou "A Moreninha", formou-se em medicina, profissão que não exerceu em virtude de seu precoce e retumbante sucesso como escritor. Com estilo de folhetim, soube captar a atenção dos leitores. Suas obras têm linguagem simples, acessível, aventuras diversas e enredos recheados de amores. (Fonte)

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